Você sabia que alguns cães têm cinco dedos nas patas dianteiras? Esse detalhe anatômico curioso, conhecido como Ergot, é algo pouco discutido, mas extremamente fascinante. Embora a maioria dos cães tenha quatro dedos nas patas traseiras e cinco nas dianteiras, a presença do ergot levanta questões sobre sua função e a razão de sua existência em algumas raças.
O Que é o Ergot?
É um dedo extra encontrado em algumas patas dianteiras dos cães, geralmente situado mais próximo da parte interna da perna. Esse dedo, que não está em contato com o chão durante a caminhada, é muitas vezes confundido com uma “garra de orvalho”, mas, na verdade, possui uma função anatômica única que vale a pena entender.
A Origem do Ergot na Evolução Canina
Herança de características evolutivas que, embora menos visível na maioria das raças de cães modernos, era mais pronunciada nos ancestrais selvagens dos cães domésticos. Em muitas espécies de mamíferos, foi uma característica necessária para garantir maior tração e estabilidade, principalmente para os cães que precisavam de velocidade ou agilidade, como os cães de caça. Esse dedo extra funcionava como um estabilizador durante a corrida, contribuindo para um movimento mais firme e rápido.
Embora, na maioria dos cães domésticos, seja mais um resquício do passado evolutivo, ele ainda pode oferecer benefícios anatômicos sutis, especialmente para cães de trabalho. Nas raças com alta necessidade de movimentação, como o Border Collie, o Schnauzer e o Basset Hound, ainda é uma característica funcional, embora em alguns casos seja quase imperceptível devido ao seu tamanho reduzido e à falta de contato com o solo.
Função do Ergot nos Cães: Sua Relevância no Movimento
Embora não toque o solo durante a caminhada dos cães, ele desempenha um papel importante na sua mobilidade. Ele pode ser comparado a um “freio” natural, atuando como um ponto de apoio adicional quando o cão precisa realizar movimentos rápidos e súbitos. Em raças que ainda utilizam suas habilidades para correr longas distâncias ou para capturar presas, pode ajudar a dar mais estabilidade nas curvas ou acelerações repentinas.
Além disso, em cães de caça, pode ter sido uma característica evolutiva crucial para ajudar na tração e no suporte ao movimento ágil durante atividades intensas, como caçar ou correr por terrenos irregulares. Para alguns cães, a presença pode ser considerada uma adaptação funcional que ainda preserva esse traço ancestral, ajudando no equilíbrio e na resistência.
Ergot ou Garra de Orvalho: A Diferença
É importante destacar que, embora muitas pessoas confundam com a garra de orvalho, elas são diferentes em termos de funcionalidade e localização. A garra de orvalho está situada mais próximo da parte interna da pata, e pode até entrar em contato com o solo em algumas raças, dependendo da sua posição. Já é um dedo adicional que fica mais afastado do solo, e, em muitos casos, não tem nenhum contato direto com a superfície durante a locomoção.
Essa distinção é essencial para entender como cada uma dessas características evoluiu e qual é o seu papel nas raças modernas. Em alguns casos, os cães com cinco dedos nas patas dianteiras têm o ergot presente como um vestígio de uma época em que essa característica era funcional para a sobrevivência, mas não mais necessária no contexto atual.
O Ergot Como Característica Racial
Embora seja encontrado em muitas raças de cães, ele não é universal. Raças como o Dobermann, o Cocker Spaniel e o Bulldog Francês, por exemplo, não apresentam essa característica. Isso pode ser explicado pela evolução das raças ao longo dos anos, sendo mais prevalente entre cães de trabalho ou caça, que ainda mantêm certos traços anatômicos que favorecem a locomoção.
Raças que possuem uma grande predisposição genética geralmente apresentam essa característica como um traço distintivo, e sua presença ou ausência pode influenciar o tipo de atividade física que o cão realiza ou suas habilidades naturais em determinadas situações.

Funções nos Cães
Embora esse dedo extra encontrado em algumas patas dianteiras, não seja amplamente discutido, ele desempenha funções que são surpreendentemente relevantes para certos cães. A princípio, parece ser uma característica anatômica sem muita utilidade, mas ao olhar mais de perto, podemos perceber como ele contribui para o bem-estar e a mobilidade dos cães que o possuem. Vamos explorar as principais funções do ergot nos cães e entender por que ele ainda pode ser considerado um traço evolutivo importante.
Estabilidade e Equilíbrio Durante a Locomoção
Uma das funções primárias é fornecer estabilidade adicional durante a locomoção, especialmente em cães que praticam atividades como corrida, caça ou trabalho intenso. Pode atuar como um ponto de apoio extra quando o cão está em movimento rápido, proporcionando um maior equilíbrio e controle durante acelerações ou mudanças de direção.
Em cães de trabalho, como os pastores e cães de caça, pode ser um benefício funcional, ajudando a estabilizar o corpo enquanto o cão faz movimentos rápidos ou precisa de tração em terrenos irregulares. Embora não toque o solo de forma constante, ele pode dar suporte em momentos de grande exigência física, tornando a locomoção mais eficaz.
Auxílio nas Curvas e Movimentos Ágeis
Este dedo também pode ser benéfico para cães que precisam de agilidade e flexibilidade em seus movimentos. Durante atividades como correr em altas velocidades ou fazer curvas fechadas, esse dedo extra pode ajudar a dar maior controle ao cão, evitando escorregamentos e facilitando mudanças rápidas de direção.
Em raças como o Greyhound e o Whippet, que possuem grande velocidade e necessidade de agilidade, pode ser um pequeno detalhe que faz toda a diferença, principalmente em competições ou durante caçadas, onde a rapidez e a precisão dos movimentos são essenciais.
Ação de Amortecimento e Proteção
Embora não esteja em contato direto com o solo, ele pode servir como um amortecedor adicional para as forças que o corpo do cão experimenta ao se mover. Ao realizar movimentos rápidos ou saltos, pode reduzir o impacto que seria transmitido para as articulações e ossos das patas. Essa ação de amortecimento pode ser especialmente importante para cães que praticam atividades de alto impacto ou que caminham longas distâncias.
Além disso, pode proteger o cão de possíveis lesões nas patas, agindo como uma camada extra de proteção contra o desgaste natural das garras. Em cães de trabalho, como os cães de tração, essa característica pode ser um fator que ajuda a prevenir o desgaste prematuro das patas.
Variações na Função: Funcional e Não Funcional
Em alguns cães, pode ser considerado funcional, ou seja, ele realmente desempenha um papel ativo na locomoção e na estabilidade. Já em outros casos, pode ser não funcional, significando que não tem um papel direto no movimento do cão. Nesses casos, pode ser considerado apenas um vestígio da evolução canina, sem influenciar o desempenho físico do cão.
O ergot não funcional é mais comum em cães que não exigem tanta agilidade, como cães de companhia ou raças de porte pequeno, que não praticam atividades físicas intensas. Nesses casos, pode ser mais uma característica anatômica curiosa do que uma ferramenta essencial para a locomoção do cão.
Tradição de Raças de Trabalho
Muitas raças de cães de trabalho, como os pastores, caçadores e cães de tração, mantêm como parte de sua anatomia por causa da sua função original. Esse traço evolutivo ainda está presente, embora de forma mais sutil, ajudando cães em funções específicas. Raças como o Schnauzer, o Border Collie e o Basset Hound, por exemplo, mantêm como uma característica que ainda pode ser útil em determinadas tarefas, mesmo que em menor grau do que em tempos antigos.
Em algumas raças de cães de trabalho, também é visto como uma característica que foi selecionada ao longo das gerações, com os criadores favorecendo cães com essa característica para garantir melhor desempenho nas atividades para as quais foram originalmente treinados.
Presença ou Ausência nas Raças de Cães
É uma característica que pode variar entre as diferentes raças de cães, e sua presença ou ausência pode ter implicações na mobilidade, no comportamento e até na longevidade de certas características evolutivas de cada raça. Embora ele seja mais comum em raças de trabalho, caça e pastoreio, existem várias outras raças que não possuem esse dedo extra.
Raças com o Ergot Presente
Algumas raças de cães mantêm como parte de sua anatomia devido às suas origens e funções específicas. É particularmente comum em cães que foram originalmente criados para atividades de trabalho, caça ou pastoreio, onde a agilidade, a estabilidade e a capacidade de correr em terrenos difíceis eram essenciais. Veja algumas das raças que frequentemente apresentam:
Schnauzer: É um traço comum entre os Schnauzers, especialmente os de tamanho médio e gigante. Essa característica é útil para cães que, historicamente, foram usados para proteger propriedades e como cães de trabalho, onde a necessidade de estabilidade nas patas é crucial.
Border Collie: Os Border Collies são conhecidos por sua energia e habilidade em trabalhar com rebanhos. Pode ajudar esses cães a manterem o equilíbrio durante movimentos rápidos enquanto correm pelo campo, fazendo mudanças de direção com agilidade.
Basset Hound: A raça Basset Hound também possui como um traço genético. Embora esses cães não sejam conhecidos por sua velocidade, eles são criados para caçar em terrenos difíceis, e pode proporcionar tração e estabilidade ao atravessar terrenos irregulares.
Cães de Caça (como o Bloodhound): Raças que foram desenvolvidas para a caça, como o Bloodhound, também podem apresentar. Embora não desempenhe um papel tão importante nas atividades diárias desses cães, ele pode ser um remanescente de suas origens como cães de trabalho intensivo.
Raças Sem o Ergot
Por outro lado, muitas raças de cães, especialmente as de companhia e de pequeno porte, não possuem. Embora a falta dessa característica não prejudique a locomoção ou o comportamento desses cães, ela reflete uma evolução diferente, onde a estabilidade adicional proporcionada pelo ergot não é necessária. Algumas dessas raças incluem:
Bulldog Francês: Cães de companhia como o Bulldog Francês, que não realizam atividades físicas intensas, não possuem. Sua anatomia foi moldada para o conforto e a convivência com os seres humanos, sem a necessidade de características evolutivas.
Cocker Spaniel: Embora o Cocker Spaniel tenha sido originalmente usado para caça, ele não apresenta, possivelmente devido à evolução das suas funções e ao seu foco em ser um cão de companhia que não exige a mesma agilidade e tração de seus ancestrais.
Labrador Retriever: Raças como o Labrador Retriever, que são frequentemente utilizadas para atividades recreativas e trabalho moderado, podem não possuir, embora ainda sejam cães atléticos e ágeis.
Por que Está Ausente em Algumas Raças?
A ausência em algumas raças pode ser atribuída à mudança nas necessidades de trabalho e comportamento ao longo da evolução. Raças de cães que foram criadas para funções menos exigentes fisicamente, como cães de companhia ou cães que não necessitam de grande agilidade, evoluíram sem a necessidade. Em vez disso, elas se concentraram em outras características, como a disposição calma ou habilidades de convivência com humanos.
Além disso, o desenvolvimento do ergot pode ser parcialmente determinado por fatores genéticos e a seleção artificial realizada pelos criadores ao longo do tempo. Algumas raças foram selecionadas para não possuir, porque sua presença não era vantajosa ou necessária para o tipo de vida que os cães dessas raças levariam.
Funcionalidade nas Raças Modernas
Em raças modernas, a presença ou ausência pode não ter um impacto significativo no desempenho físico ou nas habilidades gerais do cão. No entanto, para cães de trabalho, pastoreio ou caça, a presença do ergot ainda pode conferir vantagens sutis, como maior tração e estabilidade, ajudando-os a realizar tarefas de forma mais eficiente. Para as raças de companhia, a ausência não interfere em suas funções diárias, já que essas raças não foram criadas para realizar atividades fisicamente intensas.

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A Evolução do Ergot nos Cães: Origem e Adaptação ao Longo do Tempo
O ergot é um traço anatômico interessante que remonta à evolução dos cães. Esse dedo extra, muitas vezes negligenciado, tem raízes que remontam aos ancestrais dos cães modernos e desempenhou papéis importantes ao longo de sua história evolutiva. Embora não seja universalmente presente em todas as raças de cães, sua presença ou ausência pode nos contar muito sobre a adaptação dos cães ao longo do tempo, dependendo de suas necessidades de trabalho e habitat.
O Ergot e os Ancestrais dos Cães
Os cães modernos descendem dos lobos, e os lobos, por sua vez, possuem uma anatomia adaptada para a caça, a locomoção eficiente e a sobrevivência em ambientes selvagens. O ergot, que pode ser considerado um vestígio evolutivo, provavelmente apareceu em algumas linhagens de lobos, como um mecanismo adicional de tração ou estabilidade. Durante o processo de domesticação, essa característica anatômica foi mantida em algumas raças de cães, especialmente aquelas usadas para caça, pastoreio e trabalho pesado.
Nos primeiros cães domesticados, provavelmente ajudava a aumentar a capacidade de locomoção em terrenos difíceis, oferecendo mais estabilidade e controle durante a caça ou a proteção do território. Isso pode ter sido particularmente útil para cães que eram exigidos a correr grandes distâncias ou a manobrar em ambientes irregulares.
O Papel do Ergot nas Raças de Trabalho
À medida que os cães foram sendo domesticados e selecionados para tarefas específicas, se manteve em raças de cães de trabalho, especialmente em cães usados para caça, pastoreio e tração. O ergot atuava como um “auxiliar evolutivo”, oferecendo maior aderência ao solo e estabilidade nas patas. Esse traço era vantajoso para os cães que precisavam correr rapidamente, fazer mudanças abruptas de direção ou enfrentar terrenos acidentados.
Cães como os Border Collies, Schnauzers e Basset Hounds, cujos ancestrais foram usados em tarefas de trabalho exigentes, mantiveram o ergot ao longo de muitas gerações. Em alguns casos, a seleção artificial para determinadas características físicas, foi uma forma de garantir que os cães continuassem a ser aptos para suas funções específicas.
O Ergot Como Vestígio Evolutivo
Em outras raças, pode ser considerado um vestígio evolutivo. Assim como o apêndice humano, o ergot pode não desempenhar mais uma função crítica na maioria das raças modernas, mas ainda é presente como uma característica genética transmitida através das gerações. Para cães que não são usados para trabalho pesado, a presença pode ser meramente um resquício da evolução dos seus ancestrais.
Esse tipo de característica é comum no reino animal, onde certos traços permanecem mesmo depois de perderem sua função original. A ausência de um papel direto na locomação ou em outras funções não significa que tenha deixado de ser um fator importante na história evolutiva dos cães.
A Perda do Ergot nas Raças Modernas
Com o tempo, a domesticação dos cães e a crescente especialização nas funções de companhia, guarda e até trabalho leve, fez com que fosse perdido ou desnecessário para muitas raças. Algumas raças de cães, como o Bulldog Francês ou o Cocker Spaniel, que não foram criadas para realizar atividades exigentes, não mantiveram, uma vez que ele não conferia benefícios significativos para as funções que esses cães desempenham.
A perda em algumas raças pode ser vista como um exemplo de como a seleção artificial foi moldando a fisiologia dos cães ao longo do tempo, priorizando outras características físicas ou comportamentais. Essa mudança reflete a evolução da relação dos cães com os seres humanos, passando de trabalhadores exaustivos para companheiros mais sedentários.
O Ergot e a Diversificação das Raças de Cães
A presença ou ausência também ilustra como a diversidade de raças caninas evoluiu ao longo do tempo, adaptando-se a diferentes ambientes, funções e necessidades. Raças de cães como os Huskies ou Dobermans, ainda carregam características de seus ancestrais que precisavam de maior estabilidade e tração. Por outro lado, cães de companhia, como o Pug ou o Chihuahua, não mantiveram esse dedo extra, pois não precisavam dele para suas funções.
A diversificação das raças de cães ao longo da história foi influenciada por vários fatores, incluindo mudanças nas funções dos cães e suas adaptações ao ambiente humano. O ergot, portanto, é um exemplo de como certos traços evolutivos foram preservados ou eliminados, dependendo das necessidades e dos desejos dos seres humanos ao longo da domesticação dos cães.
Conclusão: O Ergot nos Cães – Uma Característica Fascinante e Sua Importância
Característica anatômica única que revela muito sobre a história evolutiva dos cães. Embora sua presença ou ausência possa parecer uma simples curiosidade, ela está intimamente ligada às funções originais dos cães em suas interações com o ambiente e com os seres humanos. Através dessa característica, podemos compreender melhor como os cães foram adaptados para funções de trabalho exigentes, como caça e pastoreio, e como a domesticação e a especialização das raças impactaram sua fisiologia.
Em algumas raças, como o Schnauzer, Border Collie e Basset Hound, continua presente, oferecendo vantagens funcionais relacionadas à tração e estabilidade. Já em outras, como o Bulldog Francês e o Cocker Spaniel, o ergot foi perdido ao longo do tempo, refletindo uma mudança nas necessidades de trabalho e nas funções desempenhadas por esses cães.

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