A dirofilariose, também conhecida como “verme do coração”, é uma condição séria que pode afetar tanto cães quanto gatos. Apesar de ainda pouco conhecida por muitos tutores, essa doença é causada por um parasita transmitido por mosquitos, incluindo o Aedes aegypti — o mesmo responsável por doenças como dengue, zika e chikungunya em humanos. Neste artigo, vamos abordar em profundidade tudo o que você precisa saber, desde o que é a doença até como preveni-la, desmistificando informações e trazendo orientações práticas para proteger seu pet.
O que é a dirofilariose?
É uma zoonose parasitária causada pelo verme Dirofilaria immitis. O nome “verme do coração” não é à toa: os parasitas adultos se instalam no coração e nos grandes vasos sanguíneos dos animais, causando danos severos ao sistema cardiovascular, respiratório e, em casos avançados, podendo levar o pet à morte.
A transmissão ocorre por meio da picada de mosquitos, principalmente os do gênero Aedes, Culex e Anopheles. Quando o mosquito pica um animal já infectado, ele suga as microfilárias (formas larvais do parasita). Em cerca de 10 a 14 dias, essas microfilárias se transformam em larvas infectantes no interior do mosquito. Ao picar um novo hospedeiro, o mosquito transmite as larvas, que migram para o coração do animal, onde se desenvolvem.
A dirofilariose é mais comum em regiões tropicais e úmidas, com alta concentração de mosquitos, mas pode ocorrer em qualquer lugar. A doença tem se tornado um problema crescente, especialmente por estar associada ao Aedes aegypti, já amplamente difundido em áreas urbanas.
Embora afete principalmente os cães, os gatos também podem ser infectados. No entanto, os felinos são hospedeiros menos comuns, e a infecção neles costuma ser mais difícil de diagnosticar.

Quais são os sintomas em cães e gatos?
Os sintomas variam de acordo com a quantidade de vermes presentes, o tempo de infecção e a resposta do organismo do animal. Em muitos casos, os sinais podem demorar meses para se manifestar, tornando o diagnóstico um desafio.
Em cães, os sintomas mais comuns incluem:
Tosse persistente;
Cansaço excessivo após exercícios leves;
Dificuldade respiratória;
Perda de apetite;
Emagrecimento progressivo;
Inchaço abdominal (ascite), por acúmulo de líquidos;
Desmaios ocasionais.
Quando não tratada, pode evoluir para insuficiência cardíaca congestiva, levando o animal a óbito. Em casos extremos, pode haver a chamada Síndrome da Veia Cava, uma obstrução severa causada pelo acúmulo de vermes no coração.
Em gatos, os sintomas são mais sutis e incluem:
Tosse intermitente;
Vômitos frequentes (sem relação com alimentação);
Dificuldade para respirar;
Letargia;
Morte súbita (em casos agudos e silenciosos).
Por serem hospedeiros atípicos, os gatos podem ter reações imunológicas mais intensas à presença do parasita, mesmo que em menor número. Isso dificulta o tratamento e aumenta a necessidade de prevenção.
A dirofilariose é uma doença grave e silenciosa, e quando os sintomas aparecem, muitas vezes o quadro já está avançado. Por isso, o acompanhamento veterinário regular e exames preventivos são fundamentais.

Como é feita a transmissão da doença?
A dirofilariose não é transmitida diretamente de um animal para outro. O vetor indispensável para a transmissão é o mosquito. O ciclo começa quando um mosquito pica um cão ou gato já infectado, ingerindo as microfilárias presentes no sangue. Essas larvas evoluem dentro do mosquito até atingirem um estágio infectante, quando podem ser transferidas para outro animal por meio de uma nova picada.
O Aedes aegypti, conhecido por transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya, também está envolvido na transmissão. Isso torna a situação ainda mais preocupante, pois esse mosquito já está bem adaptado aos ambientes urbanos, sendo comum em áreas com acúmulo de água parada.
Vale destacar que o ser humano não desenvolve a dirofilariose da mesma forma que cães e gatos. Embora casos raros em humanos existam, a infecção geralmente não progride e não representa o mesmo risco.
Ambientes úmidos, com alta densidade de mosquitos, favorecem a disseminação da doença. Por isso, manter a casa limpa, sem criadouros de mosquito, e usar repelentes específicos para pets, são formas eficientes de proteção.
Como prevenir a dirofilariose em pets?
A melhor forma de lidar com a dirofilariose é a prevenção. O tratamento da doença é complexo, caro e arriscado, especialmente em casos avançados. Por isso, medidas preventivas devem ser adotadas ao longo de toda a vida do animal.
Dicas essenciais para prevenir a dirofilariose:
Uso de medicamentos preventivos: Existem comprimidos, pipetas e injeções mensais ou anuais que impedem que as larvas do parasita se desenvolvam. Consulte o veterinário para escolher a melhor opção.
Controle de mosquitos: Evite acúmulo de água parada em casa, onde o mosquito Aedes aegypti possa se reproduzir.
Repelentes específicos para pets: Existem sprays e coleiras repelentes que ajudam a proteger cães e gatos das picadas de mosquito.
Consultas regulares ao veterinário: Exames de sangue anuais podem detectar a infecção em estágios iniciais.
Lembrando que os medicamentos preventivos não eliminam os vermes adultos, apenas impedem que as larvas evoluam. Por isso, a administração deve ser constante e supervisionada por um profissional.
A conscientização sobre a dirofilariose ainda é baixa, mas está crescendo à medida que mais tutores se preocupam com a saúde e bem-estar de seus animais. A prevenção é o melhor caminho para evitar o sofrimento do pet e os altos custos do tratamento.

Mitos e Verdades sobre a Dirofilariose
Mito ou Verdade | Afirmativa |
---|---|
Mito | “Somente cães pegam dirofilariose.” |
Verdade | “Gatos também podem contrair a doença, embora menos frequentemente.” |
Mito | “Se meu pet não sai de casa, ele não corre risco.” |
Verdade | “Mosquitos entram em casa e podem picar animais mesmo em ambientes fechados.” |
Mito | “A dirofilariose é fácil de tratar.” |
Verdade | “O tratamento é complexo, pode ser arriscado e deve ser feito com cautela.” |
Mito | “Só o mosquito da dengue transmite a dirofilariose.” |
Verdade | “Outros mosquitos como Culex e Anopheles também transmitem a doença.” |

Perguntas Frequentes sobre Dirofilariose
🐾 O que é a dirofilariose e como ela afeta os pets?
A dirofilariose é uma doença causada pelo verme Dirofilaria immitis, que se instala no coração e nos pulmões dos animais. Ela afeta principalmente cães e, com menor frequência, gatos. A doença pode causar insuficiência cardíaca, problemas respiratórios e até a morte, caso não seja tratada.
🦟 O mosquito da dengue realmente transmite a dirofilariose?
Sim. O mosquito Aedes aegypti, famoso por transmitir dengue, zika e chikungunya, também pode transmitir a dirofilariose para cães e gatos. Outros mosquitos, como o Culex e o Anopheles, também são vetores.
💉 Existe vacina contra a dirofilariose?
Não existe vacina específica, mas há medicações preventivas eficazes, como comprimidos mensais, pipetas ou injeções. Elas impedem que as larvas do verme se desenvolvam no organismo do pet.
🐶 Quais são os sintomas da dirofilariose em cães?
Tosse seca, cansaço após pouco esforço, dificuldade para respirar, perda de peso e inchaço abdominal são sintomas comuns. Em casos graves, pode haver desmaios e até morte súbita.
🐱 Gatos também podem ter dirofilariose?
Sim. Embora mais raro, gatos podem ser infectados e, muitas vezes, apresentam sintomas vagos como vômito, tosse e letargia. Em alguns casos, a primeira manifestação é a morte súbita.
🏡 Pets que vivem apenas dentro de casa também correm risco?
Sim. Mosquitos facilmente entram em residências, o que significa que mesmo pets que não saem de casa podem ser infectados pela dirofilariose. Por isso, a prevenção deve ser feita em todos os casos.
🔬 Como é feito o diagnóstico da dirofilariose?
O diagnóstico é feito por exame de sangue específico, que detecta a presença do parasita. Em casos suspeitos, o veterinário pode solicitar também exames de imagem, como raio-X ou ecocardiograma.
💊 A dirofilariose tem cura?
Sim, mas o tratamento é delicado, longo e envolve riscos, principalmente quando há muitos vermes no coração. Por isso, a prevenção é sempre a melhor escolha.
📅 A partir de que idade devo começar a prevenir meu pet?
A prevenção contra a dirofilariose pode começar a partir dos dois meses de idade, com recomendação e acompanhamento veterinário. A continuidade da proteção deve ser mensal ou anual, dependendo do produto escolhido.
🔁 O tratamento da dirofilariose é o mesmo para cães e gatos?
Não. O tratamento é diferente para cada espécie. Em gatos, ele é ainda mais complexo, já que nem sempre é possível eliminar os vermes com segurança. Em ambos os casos, o acompanhamento veterinário é fundamental.

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Conclusão
A dirofilariose é uma doença grave, mas que pode ser completamente evitada com cuidados simples e acompanhamento veterinário. Saber que o mesmo mosquito que transmite a dengue pode colocar em risco a vida do seu cão ou gato é um alerta importante. Mais do que nunca, tutores conscientes devem adotar medidas de prevenção o quanto antes.
Consulte sempre um profissional de confiança, mantenha a rotina de cuidados em dia e ajude a combater a proliferação de mosquitos na sua comunidade. Seu pet agradece com mais saúde, alegria e muitos anos ao seu lado!

Proteja Quem Te Ama Incondicionalmente
A dirofilariose é silenciosa, mas pode ser fatal. Não espere os sintomas aparecerem para agir. Consulte seu veterinário e inicie hoje mesmo a prevenção contra essa ameaça invisível.
✅ Seu pet depende de você para viver com saúde e alegria.
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